Não é preciso enxotar o cliente para ele se sentir indesejado

Mais sobre mau atendimento. Como você se sentiria se estivesse em um restaurante e o atendente começasse a organizar as mesas ao lado, demostrando que está chegando a hora de fechar o estabelecimento? Ou quando, faltando 15 minutos para as atividades serem encerradas na sua academia, um professor desligasse os aparelhos, o som ou o ar? E se ele apagasse as luzes do vestiário, mesmo se fosse a hora de fechar as portas, e você ainda estivesse naquele espaço, terminando de se trocar? Tudo isso significa que sua presença está incomodando ou que os funcionários do local querem que você perceba que é preciso acelerar o passo e se mandar. Mau atendimento também é isso. A pressão velada para o cliente sair pode ser tão ou mais incômoda que cara feia. Se o estabelecimento funciona até às 22 horas, por exemplo, a equipe deve priorizar o atendimento até esse horário, no mesmo padrão do restante do dia, sem se preocupar com o fechamento. E com a mesma simpatia habitual, como se os últimos clientes fossem os primeiros. Não interessa a eles se o seu funcionário quer assistir o resto do jogo de futebol em casa ou que marcou um encontro na sequência com a namorada, que o espera ali na porta. O segredo de um bom atendimento também reside no fato de o cliente se sentir a pessoa mais especial do mundo, desde o momento que ele entra até a hora que deseja sair de seu estabelecimento. Se ainda está difícil entender essas coisas tão simples, que, acredite, ainda acontecem, coloque-se no lugar da clientela. Talvez, assim, você selecione ou treine melhor os seus funcionários no sentido de proporcionar um atendimento impecável.

Luiza Castanho, criadora da Maior Comunidade de Academias High Ticket