Defendo que a virada de chave para que você possa cobrar mais pelos seus serviços ou produtos parte da excelência daquilo que oferece. Mas, antes de dar esse pulo do gato, aqui vai uma pergunta: você faz bem o básico? Supondo que você seja dono de uma academia, gostaria de saber algumas coisas. Coloque-se no lugar do seu cliente e responda cinco questões simples. O atendimento oferecido, tanto por parte da equipe de vendas, recepcionistas e professores faz com que o local seja acolhedor? Os problemas e dúvidas são resolvidos em um curto espaço de tempo, no máximo, em 24 horas, qualquer que seja o canal de comunicação colocado à disposição do cliente? O ambiente é limpo, aconchegante, ainda que seja modesto? Os aparelhos e acessórios para exercícios estão sempre em bom estado ou, quando necessário, são consertados em até dois dias, por exemplo? Os alunos, de uma maneira geral, têm o resultado que buscam? Pois é, meu caro, se nada disso estiver funcionando bem e ao gosto da maioria dos seus alunos ou clientes – mesmo levando em conta que gente mais exigente e chata, que reclama de tudo, existe em qualquer lugar –, dificilmente você poderá almejar algo maior. Se quer cobrar alto pelo que oferece, sem que o cliente reclame, você precisa garantir o básico e muito mais. Enquanto esse “muito mais” não é uma realidade, a ordem é cuidar da sua base. Ninguém consegue construir um edifício requintado se ela não for bastante sólida.